O lavatório do Jimmie.
Foi finalmente desvendado o misterioso desaparecimento de parte da escultura do artista plástico norte-americano Jimmie Durham, integrada numa exposição de arte contemporânea, patente no Centro de artes e Espectáculos da Figueira da Foz. Parte integrante da obra “As frases” desaparecera misteriosamente na ultima semana do mês de Dezembro, tendo sido dada como furtada. Após averiguação chegou-se esta semana á chave do mistério, aparentemente uma auxiliar de limpeza ao deparar-se com os cacos presentes no chão junto ao lavatório (ambos partes integrantes da obra), muito ciente da sua função resolveu prontamente remover o “lixo” do local.
- “Não foi por mal que coloquei os cacos no contentor. Foi um engano"
"Pensei que aquilo (os cacos) fosse lixo de obras que estivessem a decorrer no Centro", contou.
Ao que parece a situação não é virgem, em Junho do passado ano, o empregado de limpeza da galeria de arte londrina Tate Britain também foi protagonista de uma "estória" semelhante. Confundindo com lixo um saco de plástico com cartão e papel amarrotado que fazia parte da instalação "Recreation of First Public Demonstration of Auto-Destructive Art", actualização do original do artista plástico alemão Gustav Metzger (1926) incluída na mostra "Art and the 60s - This Was Tomorrow", também em 2001, na Eyestorm Gallery (Londres), foi para o lixo uma instalação de Damien Hirst composta por cinzeiros sujos e garrafas vazias.Como reflexão a estes acontecimentos uma questão se coloca.
Será que estes zelosos funcionários não conseguem destinguir a arte, do lixo, ou será que são precisamente eles os poucos que ainda conseguem ter essa percepção !?
